Vento varrendo a estrada, folha perdida não acha
aconchego em parte alguma.
Vento varrendo a alma, pensamento procura alento,
mas o corpo já dorme.
Vento varrendo o vento,
coração de catavento,
vai sentindo vai passando,
Como o trem no trilho a correr,
tudo passa, a paisagem de agora jamais será a de depois.
Vento varrendo as ondas, fragata perdida a naufragar,
o pirata chora porque não sabe orar,
e toda esperança se acabou.
Vento varrendo o horizonte, sol translucido procura em vão,
uma abóbada de cetim que não seja escuridão,
para derramar seu calor, e ao vento sobrepor.
Vento varrendo o vento, já sem alento, porque tudo levou,
e a solidão não é sem tempo, porque de cada alma um lamento restou.
Venha andar Comigo,
Por entre Vinhas e trigais,
Vem sem medo meu amigo,
pois com medo não seras capaz,
a canção dos Homens de paz,
que traz n'alma Jesus que jaz,
nestes campos e campinas afora,
aflora-se uma flor e o ímpio chora.
não temas eu lhe afianço,
que o ecológico mundo é manso
não nos decepcionarás meu amigo
se vieres andar comigo.
Lua que banha meu caminho,
tão estreito, tão sem graça,
nesse meu pastoreio,
que trago e levo cabras,
me aponte uma fuga para um sonho,
um sonho assim meio de fadas;
de fantasia, de colorido, de amor e de graça.
Ainda que seja um sonho breve, terá valido apena vive-lo,
nesse meu pastoreio, já não vivo e sim vago,
lua que banha meu caminho,
ouça-me a prece já cansada,
e saiba que estou esperando, a fuga para um sonho,
mas que seja rápida, pois a vida é breve e já me acaba.
Espero orando em meio as cabras,
o momento em que fugirei num sonho,
Desses de fada.
Tua nudez me assusta, me fascina, me encanta.
Minha nudez te assanha, te delira, te excita.
Passa neste momento pelo meu corpo, um tremor rubro,
que me narcotiza a sobriedade.
Tuas mãos firmes, amenizam minha supressão,
e faz despertar minha Vênus, já a tanto tempo adormecida,
nosso amor se destaca e se difere do amor humano;
do amor ritual, do amor obrigação,
porque ele é tão grande, tão verdadeiro e sólido,
que contagia aos que de nós se aproximam.
Tua nudez não mais me assusta, mas sim me encanta,
me completa, porque elas se pertecem uma a outra.
Nossa doce nudez, a mais expressiva e bucólica representação da infeliz raça humana.
Ei! Seresma insensata que me rouba as alegrias!
Que quer de mim, a Fátima ou a perpétua?
- Não lhe dou coisa alguma, ovelha desgarrada,
que de mim não merece nada, nem minha cólera enfastiada,
que Causa devassas e corrupções, guerras e subornos,
alento e desalento, odor e olor,
marola e calmaría
E por fim AMOR!
Que poeta que sou eu, que só quero amar a natureza?
Que poeta que sou eu, que só quero a natureza a me amar?
Sou o prado das campinas, sou a flor a beira mar,
sou a água cristalina, que se vê além do mar.
Sou a ostra na pedreira, sou o fogo do amor,
sou a fertilidade da sereia, em noites claras sem calor,
sou os olhos lacrimejados, do meu éterno amor,
com seu peito já flexado, foi cupido quem o matou.
Mar calmo, de areia escura, de momentos perdidos
De amor solitário, de espuma clarinha, de ondas amenas que chocam na praia.
Mar calmo, de areia escura, que a lua prateia, que
Verlag: BookRix GmbH & Co. KG
Tag der Veröffentlichung: 11.06.2014
ISBN: 978-3-7368-1976-4
Alle Rechte vorbehalten
Widmung:
Dedico este livro para meus sobrinhos; Enzo e Mariana, para minha amada mãe Holanda, Para meu cachorro Juninho, e em especial para cada um de meus amigos.